terça-feira, 24 de maio de 2011

LINHAS DE ORIENTAÇÃO EDUCATIVA

• Procurar a inovação pedagógica de modo a tornar mais eficaz e motivador o processo ensino -aprendizagem;



• Respeitar as diferenças e as capacidades individuais, tendo por base a informação clínica e escolar do aluno;



• Orientar o trabalho diário na sala de aula e nas enfermarias de modo a tornar o processo educativo estimulante;



• Contribuir para que o período escolar, dentro do hospital, seja um momento de alegria e bem-estar para a criança/doente;



• Promover a qualidade da Educação;



• Contribuir para o sucesso das aprendizagens;



• Valorizar atitudes – respeito pelo outro, valorização do trabalho, o civismo, a cidadania;



• Contribuir para que os alunos tenham uma opinião crítica e participativa na sociedade.



DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

A Escola do 1º Ciclo Rainha D. Estefânia funciona em regime diurno, em horário duplo da tarde (13.15 min. às 18.15min).



Total de horas:

• 25 Horas lectivas



Este horário prende-se com o facto de no período da manhã não ser possível a frequência da maior parte dos alunos à escola, já que as terapêuticas, bem como as actividades médicas se desenvolverem maioritariamente naquele período de tempo.



Existe uma turma única formada por uma população bastante flutuante e heterogénea, são alunos provenientes do país inteiro e dos P.A.L.O.P, na sua grande maioria.



O tempo de permanência dos alunos na escola está dependente do período de internamento no hospital, estando assim condicionada pela alta hospitalar.



Pelas características específicas desta escola não existem Actividades de Enriquecimento Curricular.



EXCERTO DA CARTA EUROPEIA DAS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

r) Direito a prosseguir a sua formação escolar durante o período de hospitalização, tirando proveito do pessoal docente e do material didáctico posto à disposição pelas autoridades escolares, em particular no caso de hospitalização prolongada, desde que a referida actividade não acarrete prejuízo para o seu bem estar e/ou impedimento aos tratamentos em curso.

PROBLEMAS CONCRETOS DA ESCOLA

• População escolar flutuante e heterogénea (etnia, idade, nacionalidade);

• Condição clínica;

• Mobilidade reduzida para deslocação à sala de aula (cadeira de rodas);

• Reduzido espaço físico (sala de aula);

• Coexistência de diferentes anos de escolaridades;

• Insuficientes condições de trabalho nos serviços/enfermarias (os quartos comportam mais do que uma cama e muitas vezes o outro doente está demasiado debilitado para ter pessoas ao seu redor. Ou então há visitas e barulhos que dificultam o trabalho da docente e que por sua vez invalidam sucesso do ensino/aprendizagem.

OBJECTIVOS DA ESCOLA

1. Tornar a Escola uma componente dos serviços prestados pelo Hospital;



2. Possibilitar a continuidade da escolaridade;



3. Proporcionar um ensino / aprendizagem diferenciado;



4. Manter a ligação do aluno à sua escola de origem;



5. Minimizar tanto quanto possível a interrupção e disrupção da educação da criança durante o internamento;



6. Providenciar oportunidades iguais no acesso ao currículo e a todos os seus serviços, independentemente das capacidades, etnias ou condição social dos seus alunos;



7. Criar possibilidades de comunicação e de interactividade através de meios informáticos, permitindo a troca de experiências entre escolas inseridas em diferentes contextos sociais;



8. Promover e desenvolver com a comunidade a integração de várias actividades a nível lúdico e educacional;



9. Facultar a elevação de auto – estima e auto – confiança para a superação de desafios;



10. Contribuir para a diminuição do stress do internamento;



11. Prevenir estados de ansiedade provocados pela hospitalização;



12. Minimizar a perda emocional da falta da família e dos amigos durante o internamento;



13. Reflectir sobre o valor terapêutico da escola em situação de doença.
RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA




2 Professoras do Quadro de Agrupamento de Escolas Eugénio dos Santos



- Armanda Maria da Silva Nunes

- Isabel Maria Ferreira Almeida

FILOSOFIA DA ESCOLA

A Escola tenta minimizar tanto quanto possível a interrupção e disrupção da educação das crianças durante o internamento, através da disponibilização da educação contínua, tão normal quanto a condição clínica da criança o permita.

A educação torna-se uma parte integral do plano global de cuidados à criança sendo a escola uma componente essencial dos serviços prestados pelo Hospital.

Procuramos fornecer a todos os alunos uma experiência enriquecedora e agradável, sendo simultaneamente adequada à sua idade, ao ano escolar que frequenta, bem como às necessidades educativas apresentadas, colmatando o aparecimento de quaisquer ansiedades relacionadas com a ausência à sua escola.

Durante o internamento todos os alunos são acompanhados no seu percurso escolar ajustando-se o ensino às necessidades e realidades individuais de cada criança.

A escola procura ultrapassar as consequências de isolamento das crianças, dinamizando situações de sociabilização e providenciando oportunidades iguais no acesso ao currículo, independentemente das capacidades, etnias ou condição social dos alunos.

À sala de aula deslocam-se todas as crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico, sempre que o seu estado clínico o permita.

Os alunos trazem muitas vezes os seus próprios manuais escolares, dando assim continuidade ao plano curricular referente ao ano em que se encontra matriculado.

Alunos com internamentos superiores a uma semana, ou em quaisquer situações que se considerem pertinentes são contactadas as escolas de origem das crianças e são traçados planos de trabalho entre as professoras desta escola e as pertencentes às escolas de origem das crianças.

Como surgiu a E. B. 1 Raínha D. Estefânia

A E. B. 1 Rainha D. Estefânia surgiu em 1926, denominando-se Escola Primária Nº 94, tinha apenas uma sala dentro do serviço de Cirurgia e uma professora.



Em 1962, com a evolução do funcionamento do próprio Hospital, o serviço de Cirurgia desmembra-se, e são criados mais dois serviços, 3.1 e 3.2. Assim, a professora passa a deslocar-se a esses serviços, para dar aulas às crianças ali internadas.



A partir de 1975, devido à alteração da escolaridade mínima obrigatória, aumenta o corpo docente e a escola é alargada a todos os serviços do Hospital.



Desde 2004, a escola faz parte do Agrupamento de Escolas Eugénio dos Santos.



Por Despacho nº 17 339/2006 de 29 de Junho 2ªa série, nº 165, de 28 de Agosto de 2006, fixou como nova designação Escola Básica do 1º Ciclo E. B. 1 Rainha D. Estefânia/Hospital.

O Hospital Pediátrico Raínha D. Estefânia

A Escola E. B. 1 Rainha D. Estefânia situa-se dentro do Hospital Pediátrico, também ele com o mesmo nome, na freguesia de S. Jorge de Arroios, em Lisboa.



O Hospital foi fundado oficialmente a 17 de Julho de 1877, no aniversário da morte de D. Estefânia de Hohenzollern (1837 – 1859), rainha de Portugal e conserte de D. Pedro V (1837 – 1861). Como morreram cedo, nenhum dos dois viu a construção finalizada.



D. Estefânia e o seu marido demonstravam interesse por doentes hospitalizados, vítimas de cólera e febre-amarela. Insatisfeita com as condições do Hospital de São José, a rainha usou o seu próprio dote para criar uma enfermaria e manifestou o desejo de fundar um hospital pediátrico de crianças pobres e doentes.



Em 1860, D. Pedro V ordenou, em homenagem à falecida esposa, a edificação do Hospital Bemposta (nome antigo), que só ficaria pronto sete anos depois, durante o reinado seu irmão, D. Luís I.



D. Luís, por sua vez, cedeu os direitos de propriedade e pertenças do Hospital ao Hospital do Estado, em 23 de Junho de 1872. O povo português acabaria por chamá-lo definitivamente de Hospital D. Estefânia.



Através de contactos com outras famílias reais da Europa, D. Pedro V obteve projectos e plantas hospitalares de técnicos competentes de Londres, Berlim e Paris. O projecto escolhido foi o do britânico Albert Jenkins Humbert (1822 – 1877), que era o arquitecto predilecto de Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, marido da rainha Vitória.



A construção do Hospital custou mais de 250 milhões de réis os quais 20 milhões foram pagos pelo pai de D. Estefânia, o príncipe Carlos Antônio de Hohenzollern. O terreno escolhido pertencia à Casa Real.

O edifício original do Hospital tinha o formato de uma cruz com quatro porções principais, e havia dois andares de enfermarias. Cada enfermaria tinha 45 metros de extensão, podendo abrigar cerca de 32 camas. O Hospital detinha ainda um sistema de ventilação, essencial para manter a higiene do ambiente.

As casas de banho possuíam banheiras em mármore, canalização da água e luz que funcionava a gás de resíduos de petróleo.

Na sua totalidade, o Hospital foi construído em cima de abóbadas, para minimizar a humidade e eliminar possíveis infecções a partir do solo. A famosa Florence Nightingale chegou a elogiar as enfermeiras do então Hospital da Bemposta, que seriam, como dizia, as melhores da Europa.

Os jardins do Hospital possuem uma bela fonte.

A actividade do Hospital de Dona Estefânia desenvolve-se através das seguintes áreas assistenciais:

• Pediatria

• Endocrinologia

• Gastrenterologia

• Hematologia

• Imunodeficiências

• Infecciologia • Pneumologia

• Nefrologia

• Neonatologia

• Neurologia

• Genética

• Imunoalergologia • Cirurgia plástica

• Urologia

• Ortopedia

• Traumatologia

• Oftalmologia

• Estomatologia • Anestesia

• Otorrinolaringologia

• Medicina Física e Reabilitação

• Pedopsiquiatria

• Ginecologia

• Obstetrícia

















Localização Geográfica da E. B.1 Raínha D. Estefânia

FREGUESIA DE S. JORGE DE ARROIOS



Presentemente, a freguesia abrange uma grande área, englobando espaços verdes e um património histórico considerável.
A origem da freguesia de S. Jorge de Arroios remonta ao século XII e a origem do nome deriva, possivelmente da série de ribeiros que outrora serpenteavam nesta zona, alimentando hortas, quintas, terrenos. Outros defendem a versão de que o nome deriva de uma planta medicinal.


Fernando Pessoa, poeta e escritor do séc. XX, viveu na freguesia durante bastante tempo.

Os espaços verdes abrangem o Jardim Constantino, com um parque infantil, uma fonte e um antigo quiosque. O Jardim Cesário Verde é arborizado e tranquilo e é uma homenagem ao poeta do séc. XIX, Cesário Verde. O Jardim Henrique Lopes de Mendonça, na Praça José Fontana, situado em frente ao Liceu Camões, é um dos poucos com coreto ao centro e um local verdejante com frondosas árvores. O nome do Jardim foi uma homenagem ao autor da letra do Hino Nacional. Parte da Alameda D. Afonso Henriques pertence a esta freguesia.

No que respeita ao Património Histórico, temos o Hospital de Dona Estefânia, inaugurado a 17 de Julho de 1877 pelo rei D. Luís e pela Rainha D. Maria Pia. O Hospital foi idealizado pela Rainha D. Estefânia, que faleceu antes da sua construção.

No Largo de Arroios temos o convento de Arroios, convertido em Hospital para doenças infecciosas, tomando o nome de Hospital Rainha D. Amélia, mais tarde Hospital de Arroios, mas hoje desactivado, devido ao avançado estado de degradação.

Na Praça do Chile, avistamos ao centro a estátua de Fernão de Magalhães, navegador português que realizou a 1ª viagem de circum-navegação do Globo.

Na Praça Duque de Saldanha, encontramos o monumento do referido duque em bronze e um pouco mais abaixo, no Largo da Estefânia, a fonte ornamental com a estátua de Neptuno.



Em frente à Praça José Fontana, vemos o Liceu Camões, em cuja porta principal se localiza a estátua de Luís Vaz de Camões, autor da obra poética “Os Lusíadas”.